No diálogo em questão, Jucá conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (PMDB) e diz que a “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” provocada pela Operação Lava Jato, que investiga os dois peemedebistas.
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Segundo o ex-vice-líder, o Partido dos Trabalhadores deve entrar com uma ação formal amanhã questionando as afirmações de Jucá quando à Lava Jato. “Se a Procuradoria-Geral da República sabia destas gravações desde março e não comunicou aos ministros do Supremo Tribunal Federal, é um fato que revela indício de prevaricação”, disse Pimenta, questionando a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para o petista, a PGR não poderia ter esperado o afastamento da presidente Dilma para divulgar essas informações. Pimenta citou ainda o caso do senador cassado Delcídio do Amaral (MS), que foi preso em novembro do ano passado por obstrução à Justiça. “Por muito menos Delcídio foi levado preso”, acusou o petista.
Pressão
Jucá sofre pressões de aliados para sair do cargo. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (DEM-GO), defendeu que o peemedebista seja afastado do ministério para não comprometer a credibilidade do governo interino. Para ele, a Lava Jato deve se preservada porque milhões de brasileiros foram às ruas para “conter um processo de corrupção, apoiar a Lava Jato e buscar um novo governo”.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Jucá negou que pretenda sair do cargo e que não há qualquer indício de ilegalidade na conversa com Machado.