A deputada federal Clarissa Garotinho (PR), atual Secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio de Janeiro, usou sua rede social no Facebook para fazer um apelo às autoridades: “Estou muito preocupada com a integridade física de meu pai, Garotinho”, afirmou. De acordo com ela, boa parte da quadrilha do PMDB que está na cadeia de Benfica foi denunciada por seu pai.
“É uma irresponsabilidade muito grande o meu pai estar sob a guarda do Estado. É uma irresponsabilidade muito grande, diante de todas as denúncias que nós estamos fazendo, colocá-lo no mesmo presídio que a quadrilha do PMDB, porque é uma quadrilha que continua a comandar o estado de dentro do presídio. É uma quadrilha que tem informações privilegiadas e determina ordens de dentro do presídio”, declara Clarissa Garotinho no vídeo.
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A deputada disse que Garotinho relatou a ela ter sido procurado por um agente penitenciário, que teria afirmado que, na última sexta-feira (17), os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB e seus rivais políticos – chamados por Clarissa como “espinha dorsal do PMDB” –, ao chegar no presídio se reuniram com o ex-governador Sérgio Cabral, que também está preso em Benfica, por cerca de duas horas. O agente teria dito que Cabral questionou os deputados sobre o culpado de todas as denúncias e apontou o ex-governador Anthony Garotinho como responsável. Picciani teria respondido que resolveria do jeito dele.
Preso pela ontem (quarta-feira, 22) manhã durante Operação Caixa D’Água, Garotinho, após fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, foi encaminhado ao quartel do Corpo de Bombeiros do Humaitá, onde ficou até as 17h e, em seguida, foi levado para a cadeia pública de Benfica.
No seu blog e no programa de rádio, Anthony Garotinho faz duras críticas ao ex-governador Sérgio Cabral e ao ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Jorge Picciani.
Clarissa diz que vai encaminhar uma petição ao Secretário de Segurança Pública do estado, secretário de Administração Penitenciária, ao governador Fernando Pezão (PMDB), ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.
“A coisa mais importante é garantir a integridade física de uma pessoa que denunciou toda essa quadrilha do PMDB até aqui”, ressalta.
Além de Garotinho, sua esposa Rosinha Garotinho também foi presa na mesma operação. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Glaucenir de Oliveira, titular da 98ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Garotinho alega perseguição e do magistrado e diz que ele é o mesmo que decretou sua primeira prisão no ano passado, logo após ele ter denunciado o desembargador Luiz Zveiter à Procuradoria Geral da República.
Assista ao vídeo divulgado por Clarissa
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