O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que há uma “tentativa de misturar o PSDB com os demais na Lava Jato”. O tucano, no entanto, se diz despreocupado com a eventual investida de adversários políticos. Em conversa com a Folha de S. Paulo, FHC resumiu: “Não tem base”.
Ele rebateu depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, que afirmou aos procuradores da Lava Jato que a compra da empresa argentina PeCom, durante a gestão tucana, rendeu pagamento de propina de US$ 100 milhões ao governo brasileiro. Essa informação está presente em documentos apreendidos com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que já foi filiado ao PSDB e fez parte do governo tucano.
Segundo FHC, a compra da empresa argentina foi tão transparente e eficiente que acabou virando um “case” na Universidade de Harvard (EUA). “Foi considerado preço baixo, pois a Argentina estava em crise.” O tucano ressaltou que Cerveró não era diretor da estatal no seu governo e reforçou a crítica de que o delator não citou nomes de eventuais beneficiários. “Fica só o mau cheiro no ar, sem que se possa usar desinfetantes.”
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