O PSDB definiu uma posição conjunta a favor do processo de impeachment da presidente Dilma. A reunião teve a participação do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do partido; do presidente nacional, Aécio Neves, e de líderes das bancadas da Câmara e do Senado. De acordo com Aécio, o encontro unificou o discurso e as estratégias referentes ao papel do PSDB, “com serenidade”, como o apoio aos movimentos de rua, do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF)e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são do jornal O Globo.
Para Fernando Henrique, há sustentação jurídica para a aprovação do impeachment. FHC entende, porém, que é preciso estabelecer um discussão sobre reformas num cenário de pós-impeachment, entre elas as da previdência social e do sistema eleitoral.
“As razões são suficientes (para aprovar o impeachment). Como foi dito pelo vice-presidente Michel Temer, em seu livro, esse é um processo jurídico/político. A presidente desrespeitou reiteradamente a Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo em vista a circulação de muito recurso lateral para programas sociais em ano eleitoral. É preciso se formar o clima político. Se esse clima não se formar, não há nada que derrube um presidente eleito. Mas o clima atual é que o Brasil está paralisado, e um país como o Brasil não pode ficar parado, esperando que as coisas se resolvam por si só”, disse Fernando Henrique.
Presenças
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Os governadores fecharam questão em torno do apoio ao processo de impeachment. Compareceram Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA) Pedro Taques (MT), Beto Richa (PR) e Reinaldo Azambuja (MS).
“Há um sentimento no PSDB de que o impeachment ganha força, e o esforço do partido é que esse debate se dê dentro do que propõe a peça assinada pelos juristas, com acusação de que a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade. Estaremos apoiando os movimentos de rua, mas com muita serenidade. O PSDB, com seus governadores e líderes, está coeso, convergente e sabendo qual será o seu papel no futuro. Foi uma reunião para afinar a orquestra” afirmou Aécio.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, falou em nome dos chefesde executivos estaduais. Garantiu que no seu entendime o atual pedido de impeachment da presidente Dilma tem amparo constitucional.
“Não é um pedido golpista. Tanto é que o PT pediu impeachment dos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique, e só não pediu de Lula porque era petista. O PT é o rei do impeachment”, enfatizou Alckmin.
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