“A reação ao meu nome se deve, primeiro, a perseguição religiosa. Depois, por ‘cristofobia'”, disse o deputado em entrevista ao Congresso em Foco na última sexta-feira (1º). Feliciano revelou que, inicialmente, não tinha interesse em assumir a presidência da CDH. Porém, com as campanhas realizadas nas redes sociais contra seu nome, a vontade surgiu. “Deve haver algum mistério entre o céu e a terra para tentarem destruir a imagem de um parlamentar. Tem alguma coisa estranha nesta comissão”, afirmou.
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Autor de declarações polêmicas – como chamar negros de “descendentes amaldiçoados de Noé” e “amamos os homossexuais, mas abominamos suas práticas promíscuas” – ele diz não ser racista nem homofóbico. Pastor do Ministério Tempo de Avivamento, o deputado questiona o ativismo das entidades LGBT, que, segundo ele, não buscam direitos, mas “privilégios”. “É um grupo que não aceita conversa, não aceita diálogo. Não sou racista nem homofóbico”, afirmou. Feliciano diz ter o perfil adequado para assumir o cargo.
Ele aponta outros temas que devem ser prioritários para discussão na CDH, como os brasileiros presos no exterior. “Tem mais de 1, 2 mil presos em situação deplorável”, afirmou. Para ele, existe uma perseguição religiosa no país. E cita como exemplo o caso do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP). Cotado para ser ministro da Ciência e Tecnologia, enfrentou resistência entre pesquisadores e cientistas por ser católico. “Não aconteceu a mesma coisa com o Gabriel Chalita?”, questionou.
Para a atual vice-presidenta da CDH, deputada Erika Kokay (PT-DF), a eventual indicação de Feliciano para o comando do colegiado pode romper com a laicidade do Estado. “A indicação dele traz dois riscos: eliminar a postura da comissão de defender as minorias e romper com a laicidade do Estado”, disse a petista ao Congresso em Foco. De acordo com Erika, deputados ligados ao tema do PT prometem uma reação à possível indicação. E, caso seja confirmada, “muito barulho”.
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