Temer pretende formar toda a equipe econômica, inclusive presidentes de bancos oficiais e do Banco Central, em conjunto com o ministro da Fazenda, ao contrário do que se vê nos últimos anos. Apesar das especulações, ainda não foram feitos convites formais, o que deve acontecer em meados de maio se o Senado decidir pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.
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No caso de Meirelles, pesa o fato do ex-presidente do Banco Central ser aliado de Lula, o que pode neutralizar as críticas do petista à condução da política econômica. Já o senador José Serra enfrenta dificuldades dentro de seu partido, o PSDB, que ainda não definiu posição sobre o governo Temer. Ainda pesa sobre o senador o fato dele ser um possível nome do partido para concorrer à Presidência da República em 2018.
Além da Fazenda, ainda estão em curso negociações para outros ministérios, como o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que deverá ser comandado por Paulo Skaf, presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e aliado na luta pelo impeachment de Dilma. Skaf conversou com o vice-presidente, mas afirmou que não falou sobre assumir a pasta.
O ministério da Agricultura, por sua vez, pode ficar para o PRB, partido que desembarcou cedo do governo Dilma e garantiu 100% da bancada de deputados votando a favor do impeachment. Os nomes do partido para assumir a pasta são Marcio Marinho (BA) e Marcelo Squassoni (SP). Segundo o Valor, porém, a disputa pela agricultura não será simples e o partido ainda corre por fora para garantir as Secretarias de Portos e de Aviação Civil, caso não sejam extintas para dar lugar a um superministério da Infraestrutura.
Na Casa Civil o nome mais forte é o do ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, um dos principais auxiliares de Temer. Já o senador Romero Jucá (PMDB-RR), economista de formação, é cotado para o Planejamento. O PP, partido que também deixou a base aliada de Dilma, manterá a Integração Nacional e deve ganhar a Saúde – que chegou a ser negociada com Dilma. Outro partido que deve ganhar duas pastas, ainda indefinidas, é o PSB, que não integrava a base do governo Dilma.
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