O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu a prisão domiciliar a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro, analista financeiro que atuava, segundo o Ministério Público Federal (MPF), como operador do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Roberta foi presa preventivamente nodia 18 de maio, no âmbito da Operação Patmos, após Fachin acolher pedido da Procuradoria-Geral da República, como desdobramento da delação premiada de Joesley Batista. Ela foi filmada pela Polícia Federal recebendo de um dos executivos do grupo J&F, Ricardo Saud, uma mala com R$ 400 mil em espécie. A quantia teria como objetivo comprar o silêncio de Funaro, preso em Curitiba no âmbito da Lava Jato.
Ao autorizar a prisão, Fachin afirmou que haveria um claro risco de que ela voltasse a cometer crimes. Nesta quarta-feira, no entanto, o ministro disse ter sido informado somente posteriormente, pela defesa, que investigada está com a mãe hospitalizada e tem uma filha de 3 anos, as quais necessitam de seus cuidados constantes.
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“Como sabido, novel legislação permite a possibilidade de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, quando o agente for, nos exatos termos dos acréscimos determinados pela Lei 13.257/2016, mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos”, escreveu Fachin no despacho em que autorizou a prisão domiciliar.
No âmbito das medidas restritivas de liberdade, Roberta Funaro não poderá sair de casa sem autorização judicial, deverá entregar seu passaporte e usará uma tornozeleira eletrônica.
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