Por unanimidade, a Executiva Nacional do PDT decidiu, nesta terça-feira (17), expulsar o senador Telmário Mota (RR) por descumprimento da orientação partidária na votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que fixou um teto para as despesas públicas na União. Telmário votou a favor da chamada PEC do teto dos gastos no Senado, contrariando a posição do partido, que faz oposição ao governo Michel Temer. A decisão foi tomada “ad referendum”. Com isso, terá de ser referendada em reunião do Diretório Nacional do PDT, prevista para março. A cúpula pedetista também considerou que o senador infringiu o estatuto partidário ao fazer pesadas críticas à direção do partido em entrevistas concedidas a rádios de Roraima.
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O Congresso em Foco tentou localizar Telmário para comentar a decisão. Mas o parlamentar não atendeu o telefone. Em dezembro, ele ironizou a abertura de processo de expulsão anunciada pelo presidente da sigla, Carlos Lupi. “Não recebemos orientação do partido sobre essa emenda. Lupi transformou o PDT em um partido cearense e depois que ele deixar de fazer campanha no Ceará vamos conversar”, disse. O senador se referia à pré-campanha que Lupi vem fazendo para confirmar a candidatura do ex-governador do Ceará e ex-deputado Ciro Gomes ao Palácio do Planalto, em 2018, pelo PDT.
Outros dois senadores do PDT viraram alvo de processo interno por terem votado a favor da PEC do teto dos gastos, uma das bandeiras do governo Michel Temer: Lasier Martins (RS) e o suplente Pastor Valadares (RO).
Lasier, porém, se antecipou à ameaça de expulsão e se desfiliou do partido antes da conclusão do processo. Como mostrou o Congresso em Foco, o gaúcho negocia seu ingresso na Rede Sustentabilidade, de Marina Silva.
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