Em depoimento nesta quarta-feira (30) à CPI mista da Petrobras, instalada no Congresso, José Orlando Melo de Azevedo negou ter participado das negociações da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela estatal. Ele presidiu a Petrobras América entre outubro de 2008 e janeiro de 2013.
O ex-funcionário da petrolífera disse que assumiu o comando da Petrobras América, que é a unidade operacional da estatal brasileira nos Estados Unidos, dois anos depois de a Petrobras ter adquirido da companhia belga, Astra Oil, 50% da refinaria de Pasadena. Ele também negou participação na disputa judicial entre a Petrobras e a Astra em relação aos passivos da refinaria.
De acordo com Azevedo, o processo de arbitragem foi coordenado pelo setor jurídico da Petrobras, que recebia instruções da diretoria internacional, subordinada à diretoria-executiva da companhia. Porém, ele confirmou que, para encerrar o litígio judicial com a Astra Oil, a Petrobras desembolsou US$ 820 milhões. Depois desse pagamento, a empresa belga abriu mão de todas as ações na Justiça norte-americana.
A CPI mista da Petrobras voltou a ser palco de embate entre governistas e oposição. Deputados da oposição destacaram o relatório do ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge. Aprovado na semana passada, o relatório prevê a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa no negócio de Pasadena.
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