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De acordo com o MPF, a Operação Trem Pagador é um conjunto de medidas de investigação para identificar, localizar e apreender a maior quantidade possível de bens obtidos por meio ilícito. As investigações começaram em agosto de 2011 para apurar crimes de lavagem de dinheiro atribuídos a Juquinha, a sua mulher Marivone, e seus filhos Jader e Karen. Os três primeiros foram presos. O quarto detido foi Marcelo Araújo Cascão.
Juquinha foi preso em uma casa no condomínio Alphaville, em Goiânia. É o mesmo residencial em que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso em 29 de fevereiro. Segundo o Ministério Público Federal, estima-se que os bens apreendidos superem a casa dos R$ 60 milhões. A PF informou que 11ª Vara da Justiça Federal expediu os mandados de prisão e de busca e apreensão.
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No total, foram quatro mandados de prisão temporária, sete mandados de condução coercitiva, 14 mandados de busca e apreensão e sequestro de 15 bens imóveis nos municípios de Goiânia, Mundo Novo, Uruaçu, Inhumas, Senador Canedo e Orizona, todos em Goiás, e Paulínea e Campinas, em São Paulo. Segundo a PF, os recursos para a compra dos bens foram obtidos durante a gestão de Juquinha na Valec, empresa responsável pela construção da malha ferroviária no país.
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A prisão de Juquinha ocorreu no mesmo dia em que a CPI do Cachoeira aprovou a convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte Luiz Antonio Pagot. Ambos foram demitidos do Ministério do Transporte pela presidenta Dilma Rousseff após denúncia de cobrança de propinas na pasta. Após a informação chegar à comissão, deputados defenderam a convocação do ex-presidente da Valec para prestar depoimento.
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), foi um deles. Para ele, a CPI precisa ouvir Juquinha, já que a Valec assinou, em novembro de 2010, contrato no valor de R$ 574 milhões com a empresa Delta – um dos alvos das investigações no Congresso. “É imprescindível a vinda deste senhor à CPI, num momento em que se descobre que o motivo de sua prisão estaria ligado à ocultação de bens, formação de quadrilha e a lavagem de dinheiro. E ele, Juquinha, foi quem assinou contrato com a Delta, já que comandou a Valec até 2011”, justificou Bueno.
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