O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp e o advogado Luiz Henrique Machado deixaram a defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética do Senado. Na petição apresentada ao Conselho, em que oficializa sua saída do caso, Dipp alega motivo de foro íntimo. A desistência ocorre um dia após a revista IstoÉ divulgar trechos de um acordo para delação premiada em que o ex-líder do governo no Senado acusa o ex-presidente Lula e a presidente Dilma de saberem de ilegalidades na Petrobras e de tentarem interferir nas investigações.
“A defesa foi baseada nos fatos então existentes na representação. Surgiram fatos que eu nem imaginava, não há condições de fazer uma nova defesa”, disse o ex-ministro ao Congresso em Foco. Outros dois advogados, que já atuavam na defesa de Delcídio, devem continuar a defesa do senador petista, alvo de processo de cassação. O processo é relatado pelo pedetista Telmário Motta (RR).
Questionado se sentia traído por Delcídio, Dipp preferiu não opinar. “Estou fora, não quero nem opinar. Fiz a defesa sobre fatos existentes, os supervenientes eu desconhecia. Não vou continuar. É uma escolha pessoal”, declarou. O acordo da delação é atribuído ao advogado Antônio Figueiredo Basto, que responde pela defesa do senador no processo que resultou em sua prisão: ou seja, a oferta de dinheiro e um plano de fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
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