O Ex-ministro da Educação no governo Dilma e ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT) disse em entrevista ao Diário do Nordeste que a presidente deveria se desfiliar do PT e não participar de campanhas à sua sucessão. Segundo ele, essa atitude iria “desarmar” o PSDB e setores com posições mais radicais no partido.
“Se ela se desfiliar do PT e assumir compromisso público de não participar de campanha à sua sucessão, deixar que as coisas aconteçam no meio da política, poderia desarmar um pouco o PSDB e a sua posição mais radical, golpista”, disse Cid Gomes.
O ex-ministro também argumenta que se Dilma deixasse o PT, a polarização ideológica que o país vive atualmente seria atenuada. “Isso poderia arrefecer os ‘Bolsonaros’ da vida, porque isso é o que há de pior”, avalia.
Apesar de admitir gostar da presidente por considera-la “séria e bem intencionada”, Cid Gomes acredita que Dilma “chegou no fundo do poço e escapou por um triz de ser afastada do Governo, com o impeachment consagrado”. Para o ex-governador do Ceará, a presidente deve trabalhar para recompor sua popularidade. “Ela não tem mais nada a perder”, afirma.
No último final de semana, dois importantes quadros do PT também fizeram críticas ao partido. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner disse que o partido errou ao não ter feito a reforma política e encarnou o ditado “quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”. Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias declarou em entrevista que o PT precisa fazer urgentemente um “exame de consciência”.
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Cid Gomes também criticou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o classificou como “um zumbi, um morto vivo”. O ex-ministro da Educação ficou famoso ao apontar o dedo para Cunha em plenário e chama-lo de achacador, em março de 2015. Para o pedetista, o presidente da Câmara só deu andamento ao processo de impeachment para tirar o foco das investigações que pairam sobre ele.
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