O caso, revelado na edição deste sábado da Folha de S. Paulo, é a primeira situação concreta de envolvimento de Paulo Roberto na busca recursos financeiros para uma campanha política. De acordo com o jornal, uma planilha encontrada durante a Operação Lava Jato na casa do ex-diretor da Petrobras continha nomes de empresas que prestam serviço a Petrobras e anotações sobre colaboração a uma campanha. Apareciam na planilha seis empresas: Mendes Junior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Hope RH e Toyo/Cetal.
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No depoimento de quarta-feira, que foi divulgado na quinta, Paulo Roberto contou ter sido procurado por um candidato ao governo do Rio de Janeiro para participar da elaboração do programa na área de energia. Porém, em uma das reuniões recebeu a tarefa de buscar contribuições para a campanha nas empreiteiras.
O ex-diretor da Petrobras não citou os nomes dos envolvidos no depoimento. Apenas se referiu ao caso como de um candidato ao governo do Rio. “Foi solicitado que houvesse a possibilidade de que essas empresas participassem da campanha. Foi isso, era uma candidatura para o Rio”, afirmou Paulo Roberto.
Ao jornal, a assessoria de Lindbergh confirmou a participação de Paulo Roberto na campanha, mas negou que a tarefa era de arrecadação de recursos. Seu envolvimento foi com sugestões para a preparação do plano de governo na área de óleo e gás. “Não se pode confundir isso com as atividades ilícitas do ex-diretor posteriormente reveladas pela Operação Lava Jato”, disse a assessoria.
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