Construídas em 2013, as sete rotatórias instaladas na cidade satélite de Vicente Pires, a 20 quilômetros do centro de Brasília, se tornaram um problema para o ex-administrador Glênio José da Silva. Por suspeita de superfaturamento, Ministério Público denunciou também a construtora Bracon e outros cinco funcionários da administração regional.
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A Ação Civil de Improbidade Administrativa (Número: 2016.01.1.033548-0) partiu da denúncia de um morador da cidade, Lúcio Big, que suspeitou do alto valor gasto nas obras. Construídas com blocos de meio-fio, terra de aterro, 15cm de concreto e três metros de diâmetro, as rotatórias custaram aos cofres do GDF R$ 145 mil.
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Além do administrador à época, foram requeridos no processo outros cinco funcionários da administração e a construtora Bracon Arquitetura e Urbanismo.
Problema histórico
Transformada em região administrativa em 2009, Vicente Pires sofre com problemas de infraestrutura principalmente no período chuvoso, quando as ruas se transformam em verdadeiras corredeiras. Os alagamentos são constantes neste período e os prejuízos aumentam a cada ano. Não há galerias de águas pluviais para escoar toda água e o asfalto, aplicado de maneira paliativa, não suporta o volume e é arrancado pela correnteza.
Mas os problemas não param por aí. Com mais de 70 mil habitantes, Vicente Pires vê crescendo o número de veículos “a olho nu”. Classificada como cidade de classe média alta, onde a renda domiciliar real supera os R$ 9 mil (PNAD 2016), não é incomum encontrar casas com três ou quatro carros estacionados na garagem. Como resultado, o trânsito está se tornando caótico nos horários de rush. Os cruzamentos ainda são o grande ponto de retenção de veículos, mesmo com a construção das sete rotatórias.
O ex-administrador Glênio José da Silva não retornou nossas ligações e a construtora Bracon não foi encontrada para comentar o caso.
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