Acusado de ter recebido propina de contratos da Petrobras em contas no exterior não declaradas à Receita Federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou nesta segunda-feira (19), que não pretende renunciar. “Aqui [da presidência da Câmara] só cabe uma maneira de eu sair, que é renunciar, e eu não vou renunciar. Então, aqueles que acham a que podem contar com minha renúncia, esqueçam: eu não vou renunciar”, afirmou Cunha.
O peemedebista chamou de “especulações” as informações que circulam sobre sua renúncia e disse que está buscando apoio em seu partido e aliados para permanecer na presidência da Casa.
Documentos divulgados na última semana indicam que Cunha, sua mulher e sua filha tinham contas na Suíça. Claudia Cruz e Danielle Cunha também serão investigadas. Em relação às denúncias, o deputado reafirmou o teor da nota divulgada na última sexta-feira (16), em que se disse “vítima de perseguição política” do procurador-geral da República, Rodrigo Janot , responsável pela apresentação de denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o peemedebista, em agosto. Na nota o deputado também afirma que não recebeu “vantagem de qualquer natureza” do esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato.
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