A remuneração de profissionais concursados e comissionados na área de comunicação do Congresso vai de R$ 14,3 mil a R$ 27,4 mil. Os terceirizados, que representam 61% da equipe, recebem de R$ 1.300 a R$ 10,8 mil. A maioria destes funcionários são vinculados à empresa Plansul Planejamento e Consultoria Ltda., que enfrenta problemas na Justiça.
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A empresa de Santa Catarina aparece como parte envolvida em diversos processos envolvendo órgãos públicos e já foi alvo de condenações por irregularidades. Uma delas resultou na determinação do pagamento de R$ 9 milhões por motivar a rescisão de contrato firmado com Furnas.
A Plansul informou à reportagem que é uma empresa que trabalha há 32 anos no mercado “sem qualquer envolvimento político partidário” e que todos os seus “contratos são decorrentes de licitações”. A organização acrescenta que seus processos judiciais permanecem sendo discutidos nos tribunais.
A estrutura da Secretaria de Comunicação do Senado é a mais robusta, com 662 funcionários. A organização é formada por um conjunto de mídias: TV Senado, Rádio Senado, “Jornal do Senado” (impresso) e Portal do Senado, além de outros órgãos ligados à comunicação institucional, como relações públicas e canais de relacionamento com o público.
Apesar da farta mão de obra, a Casa ainda pode contratar profissionais de fora, como ocorreu com a escritora Margarida de Aguiar Patriota, que recebeu R$ 95 mil pela produção e apresentação na Rádio Senado do programa “Autores e Livros”. Procurada, a Secom informou que a quantidade de funcionários se justifica pelo elevado número de atribuições.
PublicidadeA Câmara, por sua vez, conta com 550 profissionais atuando na rede de comunicação, que integra TV Câmara, Rádio Câmara, Portal da Câmara e outros órgãos da área. Do total de funcionários, 88 exercem funções típicas de jornalistas e 81 possuem formação superior em comunicação social e atuam em atividades diversas.
O deputado José Priante (PMDB-PA) assumiu há pouco mais de um mês o comando da Secom da Câmara e disse que ainda não tem um diagnóstico formado em relação à estrutura de comunicação da Casa. “Eu confesso que a olho nu me parece uma dimensão um tanto quanto exagerada, mas evidentemente tenho que avaliar todas as atividades porque, enfim, é a construção da notícia, de coberturas, de TVs, de rádio. Eu estou chegando na secretaria e encontrando esse quadro”, disse o parlamentar ao jornal.
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