Fontes ouvidas pelo jornal disseram que a blindagem a Lula foi combinada em reuniões conduzidas por ele e por petistas de confiança com aliados dos presidentes das Casas legislativas ao longo das últimas três semanas. Os grupos de peemedebistas e petistas firmaram um acordo de não agressão mútua. Dessa forma, um ficaria na retaguarda do outro no que diz respeito aos interesses dos partidos e de políticos investigados na Operação Lava Jato.
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A reportagem ainda afirma que, em razão de ataques do PT ao presidente da Câmara, Lula tem temido que o peemedebista revide e atinja as votações de interesse do governo nos plenários das Casas. O ex-presidente também defendeu que os ataques podem resultar em abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma. Com isso, Cunha tentaria obter apoio de petistas no Conselho de Ética, onde tramita processo de cassação do peemedebista fluminense.
Nesta quinta-feira (5), a base governista que compõe a CPI do Carf conseguiu rejeitar a convocação do filho caçula do ex-presidente, Luís Cláudio Lula da Silva. Ele é proprietário de empresa que aparece nas investigações da Operação Zelotes, que apura esquema de venda de sentenças no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – órgão subordinado ao Ministério da Fazenda que tem o papel de julgar, administrativamente, multas aplicadas pela Receita Federal.
Também foram recusados os requerimentos que convocariam a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e o ex-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho. Além deles, a convocação do ex-ministro Antonio Palocci também foi rejeitada na CPI do BNDES. O último é suspeito de ter movimentado R$ 216 milhões após atuar como consultor de empresas que celebraram contratos com a instituição financeira.
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