O presidente do PSB, Carlos Siqueira, vê como praticamente sacramentada a aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB) para a corrida ao Planalto em outubro. “Está 99,9% fechado. Só vamos dizer 100% quando a coisa ocorrer”, disse o dirigente partidário ao Congresso em Foco. “Só quem sabe quando estará em 100% é o próprio Alckmin”, acrescentou.
Em entrevista à GloboNews nessa segunda-feira, o ex-governador paulista Márcio França (PSB), um dos principais articuladores da parceira, elevou de 99% para 99,9% as chances de a chapa se concretizar.
“Eu diria que esse 99% seu já está em 99,9%. Mas 0,1% sempre pode acontecer alguma coisa. Essas coisas que você ouve falar… de repente um partido, esse outro partido exige a vice, pode compor”, afirmou França, que foi vice-governador de Alckmin. “Eu concordo com o Márcio França”, disse Carlos Siqueira. O ex-tucano é aguardado para se filiar ao PSB.
Para Siqueira, a chapa avançou na semana passada com a desistência do senador Humberto Costa (PT) de disputar o governo de Pernambuco para apoiar a candidatura do PSB. As negociações, segundo ele, estão adiantadas em relação ao Rio Grande do Sul, onde o partido também reivindica apoio petista ao nome de Beto Albuquerque na disputa a governador.
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Em relação ao governo de São Paulo, Siqueira diz ter confiança de que haverá um acordo nos próximos meses a partir de uma pesquisa que aponte qual o candidato mais forte: se Fernando Haddad (PT) ou Márcio França. A proposta foi feita pelo PSB a Haddad e a Lula. Mas os dois ainda não responderam se a aceitam.
“Será uma pesquisa bem feita em todo o estado, como se fosse um segundo turno entre Haddad e França. Tem risco para os dois. Quem estiver na frente, sai candidato a governador. O que ficar em segundo pode sair ao Senado, por exemplo”, exemplifica Siqueira. Se o PT não aceitar a proposta, França promete levar sua candidatura ao governo adiante.
PublicidadeA cúpula do PSB se reúne nesta quinta para discutir a formação de uma federação partidária com o PT, o PCdoB e o PV. “Não podemos dizer qual a tendência, porque isso depende de que acordo chegaremos sobre as regras”, explica Siqueira. Caso os quatro partidos fechem a federação, eles atuarão como uma só legenda durante quatro anos. Mas há resistências por parte do próprio Siqueira e do PT, que discordam sobre os critérios para a ocupação de cargos de comando na federação.
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