“Grande parte das cidades brasileiras foi sendo construída, Brasília não. Veio do barro vermelho para ser a capital da esperança. Aqui nós temos a capacidade de construir sínteses. Nós estamos criando os nossos pontos de encontro, mas eles não podem ser burocratizados e esterilizados”, disse a deputada.
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Érika Kokay observou, por exemplo, que a Lei do Silêncio “deve ser repensada”. De acordo com a legislação, o índice máximo de decibéis permitido para áreas residenciais, à noite, é de 55. O valor é considerado muito baixo para estabelecimentos localizados nas comerciais. Bares e restaurantes que têm algum tipo de atração musical, por exemplo, ficam limitados na oferta de lazer aos clientes. Para a deputada, é preciso realizar uma movimentação para que os desejos de todos sejam ouvidos para possibilitar uma democracia participativa.
“Nossa democracia representativa está com um nível de precariedade muito intenso. Precisamos transformá-la em uma democracia participativa. Temos um Congresso onde cada um defende seus próprios interesses, muitas vezes escusos, obscuros, corporativos e empresariais. A mudança desta cultura não cabe apenas em uma reforma política, mas sim na construção de espaços de participação e construção coletiva”, ressaltou.
Representante do DF na Câmara, Érika também fez um alerta sobre o alto nível de ocupação desordenada; o estresse hídrico que sucumbiu cerca de duas mil nascentes e foi potencializado neste ano, quando diversas regiões administrativas sofreram com a falta de água; e a necessidade de criar uma democracia que não seja radicalizada.
“É muito importante esse espaço do Congresso em Foco para que a gente possa nos pensar dessa forma, qual é o nosso planejamento urbano, como é que nós vamos nos situar. É preciso fazer uma radicalidade democrática”, acrescentou.
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