Diante das suspeitas de irregularidade, auditores da Receita alertaram a Procuradoria-Geral da República (PGR), que as repassou aos procuradores que investigam Renan na Operação Lava Jato. Segundo a revista, os indícios de ilícito surgiram da compra e venda de quatro apartamentos de um prédio, por Renan, na capital alagoana. A investigação quer saber como os imóveis “foram parar nas mãos de Santiago, seu filho, o deputado federal Wilson Filho, e seus dois irmãos”, destaca Época.
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“O Residencial Pátio fica numa viela em uma área industrial de Maceió, em Alagoas. Em seus pilares, a Receita Federal encontrou indícios de que o presidente do Senado […] participou de uma operação de lavagem de dinheiro”, registra a introdução da matéria assinada pela repórter Alana Rizzo.
A Receita detectou indícios de irregularidade ao investigar a transferência de uma empresa de Renan para sua mulher, Verônica. A Tarumã Empreendimentos Imobiliários, criada depois das eleições de 2010, ficou aberta por nove meses, e “aparentemente” não realizou qualquer negócio. “No cruzamento que a Receita fez entre declarações do Imposto de Renda e dados sobre suas atividades imobiliárias, os negócios apareceram. Os procuradores querem saber de onde veio o dinheiro que permitiu a compra dos imóveis em Maceió e se Renan realmente os comprou antes de revendê-los para a família Santiago”, explica o texto.
Procurado para comentar o assunto, Renan disse à revista que não falaria a transação, por se tratar de negócio particular. Já Wilson Dias deu “quatro versões distintas” sobre a transação dos imóveis.
“Primeiro, disse que a empreiteira da família, a Terradrina Construções, tinha comprado os imóveis. Depois, afirmou que tinha adquirido o imóvel para veraneio em Maceió – mas o prédio fica a 15 quilômetros do litoral. Em seguida, garantiu que a operação tinha sido um investimento. Por fim, o deputado disse que o negócio foi feito por seu pai e que só tinha tomado conhecimento depois que fora agraciado com o apartamento”, acrescenta a matéria.
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