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Ele admite ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empreiteiras em obras viárias na capital e região metropolitana de São Paulo, como a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego. De acordo com o Estadão, Assad contou como funcionava o esquema de fornecimento de dinheiro em espécie para o caixa dois de construtoras. Empreiteiras contratadas pela Dersa subcontratavam suas empresas. O valor das notas frias era transformado em dinheiro e as companhias indicavam os beneficiários dos recursos, informam os repórteres Fabio Serapião, Beatriz Bulla e Fausto Macedo. O empresário é acusado de ter movimentado R$ 1,3 bilhão em contratos fictícios assinados com grandes construtoras entre 2007 e 2012.
Na negociação para assinar o acordo de delação, Assad prometeu revelar detalhes de um esquema na estatal paulista do qual, segundo ele, Souza fazia parte e chegou a afirmar ter conhecimento de que políticos foram contemplados com os repasses oriundos de empreiteiras. Segundo o Estadão, o empresário não deverá citar nomes de autoridades em seu acordo porque disse não ter provas para corroborar sua versão, pois apenas lavava o dinheiro e entregava os montantes aos operadores indicados.
Paulo Vieira Souza não respondeu aos questionamentos enviados pelo Estadão. O senador José Serra disse que não comentaria o assunto. Já a Dersa informou que fez contratos apenas com consórcios.
O ex-diretor da Dersa já teve seu relacionado ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Durante as investigações da CPI do Cachoeira, ele foi apontado como responsável por contatos entre a companhia e a Delta Construções e um suposto operador de um esquema de caixa dois para campanhas do PSDB. Paulo chegou a prestar depoimento à comissão.
Leia a íntegra da reportagem do Estadão
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