A SBM, empresa holandesa que admitiu ter feito pagamento de propina para obter contratos no Brasil e na África, aceitou indenizar a Petrobras em US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 5,3 bilhões), segundo a Folha de S.Paulo. O valor será repassado à estatal caso seja fechado um acordo de leniência com o governo federal, espécie de delação premiada para empresas. O entendimento, no entanto, esbarra em um impasse entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU), afirma a reportagem.
O MPF defende que o acordo só pode ser oficializado com o seu aval, já que a CGU não tem acesso aos dados das investigações criminosas e entendimentos dessa natureza só podem ser fechados quando representam avanços para as apurações. De acordo com a Folha, as negociações com a holandesa foram paralisadas com o impasse.
Uma das maiores empresas do mundo em sua área, a SBM aluga plataformas para a Petrobras e já admitiu que pagou US$ 139 milhões em propinas no Brasil ao Ministério Público da Holanda. O acordo de leniência é considerado fundamental pela empresa para retomar suas operações no país e evitar o risco de quebrar, destaca a Folha. A SBM não é alvo da Operação Lava Jato.
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