A bancada do PMDB na Câmara chega ao último dia de campanha para a eleição da Mesa Diretora da Casa com um impasse inusitado. Um empate de 28 votos, obtidos pelos deputados José Priante (PA) e Lúcio Vieira Lima (BA) na reunião da bancada do partido na tarde desta terça-feira (31), impediu a definição do nome oficial do partido para concorrer ao cargo de primeiro vice-presidente da Câmara.
O caso pode parar na Justiça, já que a bancada não se entende sobre a interpretação do regimento interno da Casa sobre os casos de empate nas votações para a escolha de presidentes das comissões e outros colegiados da Câmara. A regra permite dupla interpretação. O parágrafo 4º do artigo 180 diz que: “Em se tratando de eleição, havendo empate, será vencedor o deputado mais idoso, dentre os de maior número de legislatura, ressalvada as hipóteses do inciso XII do artigo 7”. No entanto, os dois parlamentares interpretam o texto ao seu favor.
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Com 55 anos, o baiano Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, reivindica a escolha para superar o impasse porque é dois anos mais velho que Priante. Mas o paraense alega que o mesmo regimento diz que, em caso de empate nas votações de bancadas, assume o parlamentar que tem mais mandato. Neste caso, Priante tem cinco e Lúcio apenas dois.
A superação do impasse está sendo negociado pelos grupos da bancada e tem que ser resolvido até o meio dia desta quarta-feira (1º), prazo para a inscrição dos candidatos oficiais e avulsos aos cargos da Mesa Diretora. Os dois deputados apoiam a releição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Partido ainda terá dois candidatos avulsos ao mesmo cargo, Osmar Serraglio (PR) e Fabio Ramalho (MG).
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