Ao todo, durante pouco mais de quatro anos e meio à frente da presidência da República, Dilma já foi alvo de 29 pedidos de investigação. Apesar disso, ela ainda não é a recordista em volume de pedidos de impeachment. Lula, nos oito anos de mandado, sofreu 34 pedidos de investigação. Nenhum deles foi levado à adiante. O seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, foi alvo de 17 requerimentos semelhantes.
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Na semana passada, reportagem exclusiva de Congresso em Foco, mostrou que depois de anunciar rompimento pessoal com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), despachou ofícios recomendando a atualização e a readequação de 11 requerimentos de impeachment já apresentados à Secretaria Geral da Mesa contra a presidente. Um dos protocolos foi feito pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), e os demais partiram de cidadãos de diversas localidades do país (leia abaixo).
Os 11 ofícios são idênticos, e dão prazo de dez dias para que os respectivos signatários atualizem os documentos. Segundo a SGM, o fato de Cunha ter sugerido “emenda” aos pedidos originais é apenas o cumprimento de uma exigência regimental.
A maioria dos pedidos solicita apuração por crime de responsabilidade contra Dilma por atos de corrupção na Petrobras, após as revelações da Operação Lava Jato. Também existem pedidos de investigação por possível responsabilização da presidente no atraso de repasses de recursos da União para os bancos públicos, para o pagamento de benefícios sociais. A manobra fiscal é conhecida como “pedalada fiscal”.
A situação já preocupa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta quinta-feira (23), reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que o ex-presidente procurou, por meio de emissários, o antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para pedir que o tucano contenha as pressões da sigla pelo afastamento de Dilma.
PublicidadeSegundo a Folha, amigos tanto de Lula, quanto de FHC, discutiram a possibilidade de um encontro entre os ex-presidentes. Lula estaria disposto a conversar por telefone sobre o tema mas o tucano, conforme a reportagem, preferiu que o assunto fosse discutido pessoalmente.
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