Nos últimos três dias, 39 pessoas em regime de escravidão foram resgatadas pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT) em áreas rurais de Minas Gerais. A maior parte veio do município de Barro, no interior do Ceará.
Na quarta-feira, 24 pessoas contratadas para colher café foram encontradas em condições de trabalho precárias numa fazenda em Campos Altos, no Alto Paranaíba. Os ficais detectaram outros sete agricultores em situação degradante no final da tarde do mesmo dia em outra fazenda, no município de Córrego Danta.
Os fiscais localizaram também, na quinta-feira, oito pessoas em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, contratados para cortar madeira a R$ 20 por semana. Todos trabalhavam sem carteira assinada e estavam com o salário atrasado.
A DRT informou que nas propriedades rurais foram detectadas diversas irregularidades. Na fazenda em Campos Altos, os fiscais relataram que os camponeses, além de não receberem pelo serviço, eram obrigados a dormir sob folhas de bananeiras, amontoados em um cômodo de dez metros quadrados, sem instalações sanitárias e água potável. Para comer, tinham que comprar alimentos na propriedade.
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Os agricultores foram encaminhados no final da tarde de quinta-feira de volta ao Ceará. A delegacia do trabalho informou ter providenciado o acerto das verbas rescisórias dos trabalhadores rurais de Campos Altos. O valor aproximado devido pelos fazendeiros deve chegar a R$ 30 mil.
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