Rudolfo Lago e Renata Camargo
Em julho, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) teve a oportunidade de participar de uma reunião do Conselho Político do presidente Lula. Assistiu, estarrecido, a um apelo dramático do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Na frente do presidente, ele fazia, segundo Perondi, “apelos dramáticos” por mais recursos. Segundo o deputado, Temporão usava imagens fortes, falava em “pilhas de cadáveres”. Os recursos pedidos, porém, não vieram na proporção que o ministro da Saúde gostaria.
“A saúde não foi prioridade”, avalia Darcísio Perondi, em entrevista exclusiva à repórter Renata Camargo, na TV Congresso em Foco. Na noite de entrega do Prêmio Congresso em Foco, a TV ouviu o deputado gaúcho e o senador acreano, eleito governador, Tião Viana (PT). Os dois foram premiados como parlamentares que se destacaram em 2010 pela defesa das políticas ligadas à saúde.
Na entrevista, Perondi é bastante crítico. Embora reconheça a importância dos investimentos em políticas sociais e nas grandes obras do PAC, Perondi avalia que essas prioridades aconteceram em detrimento da saúde, segmento que, na sua avaliação, foi esquecido pelo governo Lula.
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Mais positivo, Tião Viana vê avanços no setor. Para ele, o grande progresso foi a aprovação da Emenda constitucional 29, que garantiu repasses de recursos da União, dos estados e dos municípios para a saúde. Até agora, porém, não foi votado o projeto de Lei Complementar que regulamentará os dispositivos da emenda 29. O projeto é de autoria do próprio Tião Viana. “Quando o projeto for aprovado, não teremos mais problemas de recursos para a saúde”, diz o governador eleito do Acre. O projeto garante, por exemplo, repasse de 10% dos recursos da União para a saúde.
Veja abaixo a entrevista de Darcísio Perondi à TV Congresso em Foco:
Veja também a entrevista de Tião Viana:
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