Desde meados de 2014, o Brasil tem atravessado um período de forte crise econômica – que se arrasta até os dias atuais e nos levou também a uma crise política –, o que afetou toda a sociedade, mas sobremaneira o nosso povo. Vimos o nosso país atingir índices de recessão de um passado já longínquo, que não imaginávamos acontecer novamente.
Os sintomas mais evidentes deste cenário são a acentuada queda do Produto Interno Bruto (PIB), a forte retração da economia e, principalmente, o aumento na taxa de desemprego, chegando a 13,6% no primeiro trimestre deste ano, segundo nos mostra o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE). São praticamente 14 milhões de desempregados.
As causas que levaram a esta situação são de conhecimento de todos e estão presentes nos nossos noticiários a cada dia. Nossos esforços agora são para encontrar e implementar as soluções que permitam retirar o Brasil da crise e recolocá-lo no rumo do crescimento.
Temos visto esforços nas mais diversas esferas da nossa sociedade: no setor produtivo, que busca retomar investimentos e gerar empregos; na sociedade civil, que se mostra mais confiante no futuro do país; e também o Estado, que tem feito a sua parte com propostas sólidas para corrigir o que é necessário.
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O Brasil ainda está em ritmo lento e muito precisa ser feito, mas observamos algum crescimento nos últimos meses, com queda nos juros e aumento no crédito disponível. No setor do agronegócio, por exemplo, área com a qual tenho afinidade, temos a expectativa de uma boa safra e a queda observada no câmbio influencia positivamente, principalmente os setores de insumos e a produção primária. De acordo com as previsões do mercado, será o agronegócio o responsável por mais da metade do crescimento que teremos ao longo deste ano.
São indicativos de que várias das medidas tomadas no âmbito do governo estão produzindo resultado positivo. Como já destaquei, ainda está muito aquém daquilo que desejamos ou que possa ser o ideal, mas os esforços continuam.
Publicidade E nós, parlamentares, precisamos dar a nossa contribuição para levar nosso país a outro patamar, colocando de lado divergências políticas e unindo forças em prol do benefício coletivo.A pluralidade política é salutar e necessária a qualquer democracia. A existência de diferentes posições garante a defesa do interesse comum e evita que apenas uma só voz seja ouvida, condição tão presente nos regimes totalitários, mesmo naqueles travestidos de democráticos. Porém, esta pluralidade não pode ser razão para o oposicionismo desmedido e inconsequente.
O antagonismo político, neste momento, não serve ao país, senão a interesses de um ou outro partido, o que não traz qualquer benefício ao Brasil. É preciso uma concertação que tenha como foco o país e não as disputas políticas que tanto trazem prejuízo para o nosso povo. É o momento de unir forças e dar respostas imediatas à agenda política que está posta.
Temos importantes reformas que ora tramitam no Congresso Nacional e que precisam avançar. A necessidade destas reformas, destaco, antecedem até mesmo a crise atual e é (re)conhecida por muitos há muito tempo. Porém, poucos foram aqueles que tiveram a coragem necessária para leva-las adiante. Fazem parte não de um projeto de governo com finalidade eleitoral, mas integram o arcabouço de medidas – muitas das quais, duras e impopulares – para devolver o Brasil à posição de projeção e de destaque no cenário mundial, com o desenvolvimento que seu povo merece.
Como representantes deste povo, somos instados a cumprir a tarefa de fazer o país avançar, além de qualquer interesse partidário ou eleitoral. O recurso da obstrução em importantes votações como as reformas, apesar de regimental, serve tão somente para impedir o prosseguimento dos trabalhos em questões fundamentais ao nosso país.
Não se trata aqui de silenciar diante daquilo que está em desacordo, mas o que deve prevalecer é a principal ferramenta do parlamentar, que é o debate. Este sim, enriquece a política e aperfeiçoa a legislação, permitindo que nos tornemos uma sociedade melhor.
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