Há muitos anos, década de 1980, nossa família ganhou um cachorro. Ele não tinha pedigree, não tinha raça, era um perdigueiro. Ele filhote, alegre e feliz. E nós, preocupados em dar um nome a ele.
Sempre aparecia alguém sugerindo um nome próprio tipo Martin, Fred, etc.. Não me agradava. Nunca gostei de dar nome de gente para animal. Só uma vez, eu muito jovem, na pré-adolescência, dei o nome a um cachorro, também sem pedigree, de Lincoln.
Nós morávamos no sítio e recém tinha chegado a televisão. Uma das noites, assistindo TV na casa do nonno, vejo um filme americano. No filme tinha um cachorro, se não me engano, chamado Ricardo. Fiquei indignado. Onde se viu colocar nome de gente num cachorro.
Anos depois de ter visto o filme, para me vingar dos norte-americanos, coloquei o nome de Lincoln num cachorro, pois esse era o nome do embaixador americano no Brasil.
Nós estávamos discutindo que nome dar ao perdigueiro, quando minha irmã, que não falava e não fala inglês, diz: “Dog”. Pronto, esse perdigueiro passou a chamar-se Dog.
O Dog nunca foi investigado. Certo que ele nasceu depois do fim da ditadura militar e morreu antes da atual ditadura judicial. Mas ele teve algo em comum com o Nego.
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Marisa Letícia (“assassinada” pela força tarefa da lava jato e da mídia) e Lula tinham uma cachorrinha chamada Mel. A Mel foi investigada por quatro anos pela força tarefa da Lava Jato, por uma simples razão: ser de Marisa Letícia e Lula.
Mel foi atendida duas vezes por um veterinário em Atibaia, onde está o sitio que não é do Lula, mas que a Lava Jato teima em dizer que é. Ela (Mel) chegou a ficar internada por ter levado uma picada de cobra. Em função deste internamento, os operadores da Lava Jato afirmam que é prova que o sítio é do Lula. Recomendo: nunca leve sua cachorrinha de estimação para o sítio de ninguém.
Mas não só a Mel esta sendo investigada. O Nego também.
Durante a construção do golpe contra Dilma e a democracia, o deputado Ricardo Izar (PP-SP) entrou com uma representação junto a Janot contra Dilma, dizendo que ela maltratava o Nego. O Dr. Janot, sempre alerta, e sempre a favor da justiça, mandou investigar.
O Nego, um labrador, era o cachorro de estimação da Dilma. Em 2016, quando ele morreu, tinha 12 anos de vida. Nego foi acometido por uma “displasia coxo-femural, doença típica dos labradores, além de mielopatia degenerativa. Ele tinha dificuldade de andar e, por conta da mielopatia, ficava agitado e buscava se movimentar de qualquer jeito. Por isso, sofria muito e deveria ser sacrificado, conforme orientação médica”, informou a assessoria de Dilma.
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O Dr. Janot, junto com a maioria da operação Lava Jato, se diz isento e imparcial, que age de acordo com a lei. e que ninguém está acima da lei. Em razão disto, tem que investigar até a morte de cães de petistas.
Gastam fortunas para investigar a morte dos animais e poupam de investigação e/ou condenação de figuras do PSDB, DEM, PMDB, etc.. Aécio, que é do PSDB e pego com malas de dinheiro, está livre e fogoso atuando no Senado, onde muito bem pode impedir ações de investigação.
Sua irmã, Andrea Neves, e também Cláudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha, apesar de provas de terem cometidos crimes, estão soltas. Cunha fica viajando, com avião da Policia Federal, para cima e para baixo, dando entrevistas e articulando sua defesa. Tudo com consentimento judicial. Nada acontece com o senador Zezé Perrella, dono de um helicóptero apreendido com 450 quilos de basta base de cocaína.
Será que os investigadores da Lava Jato vão pedir a exumação da Mel e do Nego?
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Seria interessante uma ‘exumação’ de todas as investigações feitas pela Policia Federal e o Ministério Público (sob o comando do Dr. Janot), sobre a Operação Lava Jato, que com absoluta certeza provará que há perseguição a Lula, Dilma e PT e que há proteção dos sempre honestos e louváveis homens da elite brasileira que atuam no PSDB, DEM, PMDB, PPS, et caterva.
Ah! A relação do Nego com o Dog é que este também foi sacrificado por ter sido acometido de câncer de fígado. Ainda bem que ocorreu antes da ditadura do judiciário, caso contrário poderia ser investigado e gasto mais dinheiro público.
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