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Em nota, o MBL afirmou que tomará o dia 31 de agosto como uma “provável data alternativa, também passível de alteração” para os novos atos em prol da saída definitiva de Dilma Rousseff. “Considerando que, diferentemente das informações que tínhamos anteriormente, a votação do impeachment no Senado acontecerá no final de agosto, e que temos recebido frequentes mensagens com reclamações sobre a data – por ser volta das férias escolares e por coincidir com manifestações marcadas por grupos petistas – decidimos focar nossos esforços em atos que serão marcados em data mais próxima da votação”, justificou o movimento.
O MBL desistiu de levar um trio elétrico para a Avenida Paulista a menos de dez dias da manifestação. Segundo o Vem Pra Rua, o distanciamento na organização não acarreta em prejuízo à manifestação. O grupo, que não faz previsão de número de participantes, avalia que a desistência do MBL não enfraquece nem fortalece os atos.
Os manifestantes vão reivindicar o impeachment definitivo de Dilma, a prisão de políticos corruptos, a renovação política e o fim do foro privilegiado. Apoiam ainda o pleno funcionamento da Operação Lava Jato e pedem a aprovação das chamadas dez medidas contra a corrupção, iniciativa da sociedade civil capitaneada pelo Ministério Público Federal e à espera de votação no Congresso.
Pró-Dilma
O lado vermelho das manifestações de rua do país também marcou atos para este domingo. Segundo o Partido dos Trabalhadores, treze cidades estão confirmadas como sedes dos protestos pelo país. São esperados manifestações em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Paulo e Uberlândia (MG).
O objetivo, segundo a organização, é protestar contra o governo interino de Michel Temer, pedir a volta da presidente Dilma e o fim do impeachment – que eles chamam de golpe. No evento divulgado no Facebook, dizem que vão protestar também por “auditoria da dívida pública, democratização das comunicações e desmilitarização da polícia e o fim do genocídio da população negra, fim dos despejos, saúde e habitação para todos”.
No mais pitorescos dos atos, os manifestantes de Brasília convocaram a militância para um “isoporzinho” no gramado das quadras 214 e 215 Norte. A organização ressalta que é a quadra onde mora o senador Cristovam Buarque (PPS) – que foi ministro da Educação no governo Lula, mas votou a favor da abertura do processo de impeachment de Dilma, na fase de admissibilidade da matéria, e diz que ainda não decidiu como votará na última sessão de plenário. O objetivo do ato é conversar sobre políticas de educação, além de pedir a volta de Dilma.