Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação no mensalão e investigado na Operação Lava Jato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu acionou advogados para lutar pelo direito de receber uma pensão que incluiria o tempo em que esteve preso ou afastado do país durante a ditadura militar. Caso seu pedido seja atendido, o petista receberá R$ 10 mil mensais da Previdência, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
No ano passado, a Comissão de Anistia reconheceu o direito de Dirceu de incluir na contagem do serviço prestado para aposentadoria os cerca de dez anos em que esteve preso ou fora do Brasil. A colunista afirma ainda que Dirceu estaria passando por dificuldades financeiras por não poder movimentar nenhum recurso.
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Preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, Dirceu é suspeito de ter recebido R$ 11 milhões de propina do esquema de desvio de recursos da Petrobras por meio de falsos contratos de consultoria.
Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações em Curitiba, Dirceu afirmou que não cometeu qualquer irregularidade e que não entende sua prisão. Segundo ele, os valores recebidos por seu trabalho eram “irrisórios”. “Sem falsa modéstia, R$ 120 mil [por mês] é irrisório”, declarou a Moro na última sexta-feira (29).
O petista disse que emprestava seu nome e prestígio às empresas investigadas na Lava Jato. “Quero aproveitar para declarar que estou sendo alvo de notícias, que eu enriqueci. [Dizem] Que eu tenho um patrimônio de R$ 40 milhões. A minha empresa faturou R$ 40 milhões, 85% são despesas, são custeios. Eu ganhei o que ganha qualquer consultor ou advogado, R$ 60 mil, R$ 80 mil por mês”, afirmou.
A defesa de Dirceu entrou com pedido de perdão da pena de 7 anos e 11 meses a que ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mensalão. Ele estava em regime domiciliar quando teve sua prisão decretada pela Lava Jato.
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