A presidenta Dilma Rousseff decidiu, na manhã deste sábado (8), reconduzir o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para mais um mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal (MPF). Janot foi o nome mais votado em eleição realizada entre os membros do MPF que resultou em uma lista tríplice encaminhada à presidenta.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado na Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em julho que faria retaliações ao governo caso o MPF abra denúncia contra ele. Conforme dito, Cunha voltou do recesso parlamentar colocando em votação do Plenário o que apelidou de “pauta-bomba”.
Os peemedebistas reclamam da não interferência do Planalto para impedir que tanto Cunha, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, fossem alvo de inquérito na Lava Jato. A denúncia de Janot contra o peemedebista fluminense ainda é esperada, com base em delação premiada do executivo Júlio Camargo ao Ministério Público Federal. Camargo é lobista da empresa Toyo Setal e, em seu último depoimento ao MPF, disse que entregou propina de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara.
Em nota, o Ministério da Justiça destacou a autonomia constitucional garantida à instituição.
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Confira a íntegra:
A Presidenta da República, Dilma Rousseff, decidiu reconduzir ao cargo de Procurador-Geral da República o dr. Rodrigo Janot. A decisão foi informada ao próprio Procurador-Geral na manhã deste sábado (8), em reunião oficial no Palácio do Alvorada, realizada com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A escolha da presidenta Dilma Rousseff acolhe, novamente, posicionamento da maioria dos membros do Ministério Público Federal, assegurando assim, de fato, a autonomia estabelecida na Constituição de 1988 a esta importante instituição da República.
Com informações do Palácio do Planalto
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