Segundo o relato de Renan, os dois entraram em acordo para chegar a uma definição sobre a derradeira votação do processo de impeachment previsto para 20 de agosto. Dilma pediu uma projeção das próximas votações do Senado, antes do recesso marcado para 13 de julho. Segundo Renan, estão previstas votações como a dos projetos sobre Lei de Licitações e sobre Desvinculação de Receitas da União, além de outras medidas do ajuste econômico.
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Segundo Renan, Dilma “não externou expectativa quanto à votação do impeachment”. A presidente, que tenta recuperar o mandato do qual está afastada desde 12 maio, negocia com senadores para ter pelo menos 28 votos contrários ao impeachment, número que garantiria seu retorno ao Palácio do Planalto. Do contrário, caso 54 dos 81 votos possíveis sejam registrados contra Dilma, o afastamento terá sido sacramentado.
Banco Central
Antes do encontro com Dilma, Renan esteve com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Também participaram da reunião os indicados para a nova diretoria do Banco Central – Reinaldo Le Grazie, Tiago Couto Berriel, Carlos Viana de Carvalho e Isaac Sidney Menezes Ferreira. Os quatro serão sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima terça-feira (5). Renan pretende submeter ao plenário a votação da nova diretoria logo em seguida à deliberação na CAE.
O senador afirmou ter defendido a independência formal do Banco Central na reunião com Ilan, mas ressaltou que a proposta não tem consenso no Senado. Para o presidente da Casa, a reforma política é a melhor forma de simplificar o processo legislativo e resolver questões como essa – nesse sentido, fustigou o peemedebista, “o objetivo do Senado é colaborar com saídas”, mas muitas matérias são aprovadas pelos senadores e emperram na Câmara.
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