Depois da polêmica envolvendo a autonomia do Banco Central – protagonizada no início da semana pelas duas candidatas a presidente Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) – a Petrobras voltou ao centro do embate entre as duas depois que a candidata do PSB afirmou que o PT colocou o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, na estatal, para assaltar. “Não consigo imaginar que as pessoas possam confiar num partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras”, disse ela ao jornal O Globo durante sabatina realizada nesta quinta-feira (11) e destacada na edição desta sexta-feira (12) no jornal carioca.
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Marina se disse ainda vítima de uma desconstrução parte do PT e do PSDB, que ela afirma terem se unido nos ataques contra ela. “PT e PSDB vivem a síndrome de Estocolmo, se apaixonaram pelos sequestradores de seus sonhos”, teorizou a candidata na sabatina. O jornal O Estado de S. Paulo destaca também o embate entre as duas primeiras colocadas nas pesquisas e mostra que depois da autonomia do BC, a nova polêmica não é apenas a denúncia de corrupção na estatal, mas especialmente a exploração do pré-sal.
Isso porque, destaca o jornal, o PT recorreu novamente a comerciais de televisão para provocar a ex-senadora alegando que caso Marina Silva seja eleita o país pode sofrer uma perda de receita de R$ 1,3 trilhão para as áreas de saúde e educação em virtude da proposta dela para a exploração do pré-sal. A resposta da ex-senadora tem sido de que o PT tenta criar o que chama de “cortina de fumaça” na tentativa de encobrir as denúncias contra a Petrobras, aponta O Estado de S. Paulo.
Dilma Rousseff reagiu às declarações no Facebook afirmando que a adversária usa conveniências para fazer a crítica. ” Marina tem que parar de usar suas conveniências pessoais para fazer declarações. Marina ficou quase 27 anos no Partido dos Trabalhadores. Todos os seus mandatos obteve graças ao PT. Uma frase dessas mostra uma posição extremamente leviana e inconsequente”, diz o texto do Facebook. Em sua edição desta quinta-feira (12) o jornal Folha de S. Paulo destaca que o PT avaliou como exitosos os ataques e que deve continuar com a ofensiva.
A matéria diz que assessores da presidenta atribuem à elevação do tom contra a candidata do PSB o fato dela estancado seu crescimento. A avaliação foi feita após a divulgação da pesquisa Datafolha no meio da semana. Em terceiro lugar nas sondagens, o candidato Aécio Neves saiu em defesa de Marina Silva, numa mudança de estratégia já que também vinha criticando a adversária. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo o tucano afirmou que não vale tudo para ganhar a eleição. “Não faço a ela qualquer acusação do ponto de vista pessoal. Acho absolutamente inaceitável o tipo de acusação que ela recebe hoje da presidente Dilma”, afirmou durante caminhada na cidade de Montes Claros, Minas Gerais.
Os jornais também destacam que o funcionário do Palácio do Planalto que fez a alteração no perfil dos jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg no wikipédia foi identificado. Luiz Alberto Marques Vieira Filho é servidor público ocupante de cargo efetivo da carreira de finanças e controle. Ele pediu afastamento do cargo que ocupa no Ministério do Planejamento e responderá a inquérito administrativo de acordo com nota da Casa Civil.
Veja o novo comercial divulgado pela campanha de Dilma Rousseff que gerou resposta de Marina Silva.
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