Paulino cita simulação feita pelo instituto que mostra que o ex-presidente petista perderia hoje para o tucano Aécio Neves em uma eventual disputa presidencial: 29% a 33%. Ele também destaca que tem diminuído a cada pesquisa o percentual de brasileiros que consideram o petista o melhor presidente da história do país. “Essa taxa já chegou a mais de 70%, em 2010, e vem caindo. Agora está em 50%”, observa.
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O diretor do Datafolha acredita que a iniciativa de ir às ruas para protestar é mais emocional do que racional. “É mais um sentimento de raiva”, avalia. Ele entende que os manifestantes se dividem em dois grandes grupos: os “refratários”, que não votaram na petista, não se conformam com a derrota e rejeitam fortemente o governo, e os “frustrados”, que se arrependeram de ter votado em Dilma pelo não cumprimento de promessas de campanha.
Mauro Paulino ressalta que há uma “forte dose de desinformação” entre os manifestantes. Segundo o Datafolha, apenas 12% dos apoiadores do impeachment de Dilma sabem que seu sucessor, em um eventual processo de perda de mandato, seria o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). Para ele, as manifestações de 15 de março tiveram um ingrediente a mais como motivador para levar às ruas mais de 2 milhões de pessoas, segundo as polícias militares: o pronunciamento de Dilma uma semana antes, no Dia Internacional da Mulher. Enquanto a presidenta discursava em cadeia de rádio e TV, em diversas capitais brasileiras manifestantes protestavam com um panelaço.
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