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De acordo com Francischini, a transferência para presídios federais tem como objetivo evitar rebeliões que poderiam ser promovidas por presos descontentes com eventuais privilégios aos condenados do mensalão. “As regalias estão causando um rebuliço no sistema prisional do país. Não podemos mais tolerar isso, regalias como alimentação especial, visitas fora de hora e sem qualquer registro. Estamos à beira de uma rebelião nos presídios em que os mensaleiros estão presos. Isso é uma bomba-relógio. É uma questão de segurança pública”, afirma o deputado, um delegado federal que se elegeu pelo PSDB.
Reportagem de Veja diz que o ex-ministro José Dirceu tem “regalias” na Papuda, como visita fora de horário e atendimento de podólogo. A defesa do ex-ministro contesta a reportagem e diz que a revista pratica “antijornalismo”. Ele aguarda autorização para trabalhar, durante o dia, na biblioteca do escritório do advogado José Gerardo Grossi e passar as noites na prisão. Além de Dirceu, também estão presos na Papuda o ex-tesoureiro Delúbio Soares, o ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e o empresário Marcos Valério Fernandes.
Outra reportagem, do Correio Braziliense, diz que os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Bispo Rodrigues (PR-RJ), que cumprem pena no Centro de Progressão Penitenciária, têm liberdade para pedir comida por telefone e entrar com marmita. O jornal diz, ainda, que eles costumam ser dispensados da revista, diferentemente dos demais presos.
O governo do Distrito Federal nega que os condenados do mensalão sejam tratados com regalias. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal pretende abrir sindicância, nesta segunda-feira (17), para investigar as condições em que José Dirceu foi fotografado na Papuda. Nas fotos, publicadas pela revista Veja, ele aparece abatido e mais magro, na biblioteca do presídio. A secretaria quer apurar se houve participação de servidores na produção e vazamento das imagens.
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