O deputado que entregou uma réplica do troféu da Champions League ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é campeão em processos no Congresso. Em seu primeiro mandato federal, Boca Aberta (Pros-PR) é alvo de mais de 20 ações por crimes eleitorais, de injúria, calúnia e difamação na Justiça estadual do Paraná. De acordo com levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco, nenhum outro parlamentar no exercício do mandato é alvo de mais acusações criminais do que ele.
O deputado demonstra orgulho com a quantidade de ações na Justiça. “Eu tenho mais de 100 processos. Faz dez anos que denuncio político safado”, disse ele ao site. “É até uma honra ter processo assim, porque nos dá força para lutar”, declarou, ressaltando que não é alvo de nenhuma acusação por corrupção.
Boca Aberta contou que imaginava uma forma de homenagear o ministro há mais de duas semanas. “É o homem da mais alta conduta. Tinha que dar algum troféu a ele contra a corrupção. Fui atrás da taça da Champions League no tamanho da original”, explicou.
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Neymar e Messi
Durante a audiência de Sergio Moro em reunião conjunta de três comissões da Câmara, nessa terça-feira (2), Boca Aberta surpreendeu o conterrâneo ao dizer que entregaria a ele um prêmio cobiçado por craques como Neymar e Messi.
“Sergio Moro, neste momento entrego o troféu da Champions League ao senhor, que equivale aqui na gravura fiz questão de colocar: Sergio Moro, a maior estrela de combate à corrupção brasileira. Beijo no coração, Sergio Moro, a paz de Deus.” Uma montagem feita no Instagram reproduz a cena ao som do hino da Champions, o campeonato de clubes mais importante do mundo.
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Deram um troféu da Champions League para o Sergio Moro e eu não tenho legenda pra isso
Boca Aberta ainda se ajoelhou diante de Moro em sinal de reverência. Com sorriso tímido, o ministro mostrou discretamente o troféu e o guardou. Para o deputado, os diálogos atribuídos a Moro que sugerem que ele orientou a força-tarefa da Lava Jato nas investigações não podem diminuir os resultados da megaoperação, como repatriamento de bilhões de reais e a prisão de centenas de acusados. “Não ferem a lisura e a ética do ministro.”
Segundo ele, a audiência de Moro foi uma “aberração”. “Foi um ataque do tubarão branco (referindo-se ao PT, Psol e PCdoB) ao Sérgio Moro. Ele foi para explicar e não tinha a obrigação de responder. O PT queria atacar a honra do ministro e da família dele”, disse. Durante cerca de sete horas, o ministro não reconheceu a autenticidade dos diálogos reproduzidos pelo site The Intercept Brasil e disse que não cometeu qualquer irregularidade na condução dos processos da Lava Jato.
> Moro deixa audiência após ser chamado de “juiz ladrão”
Fã do Londrina e de Frota
Antes mesmo de tomar posse, Boca Aberta já tinha chamado a atenção dos colegas. Na posse do presidente Jair Bolsonaro, ele trajava uniforme do Londrina Esporte Clube, com um terno estilizado com as cores azul e branco, características do seu time de coração.
Em março, o deputado levou um soco do vereador Amauri Cardoso (PSDB), de Londrina. Imagens divulgadas na internet mostraram o momento em que ele é atingido no rosto e cai ensanguentado depois de questionar o vereador por que havia votado a favor do aumento do IPTU na Câmara Municipal. O vereador diz ter agido em legítima defesa depois de ter sido provocado por Boca Aberta. Um move processo contra o outro. Os casos correm na na primeira instância da Justiça paranaense.
Boca Aberta havia viralizado na internet em um vídeo em que se declara como fã dos vídeos do deputado Alexandre Frota (PSL-SP), ator pornô. “Alexandre Frota, até sou seu fã, sabia? Seus vídeos e tudo, você é um ótimo ator”, disse em resposta a Frota, que havia lhe pedido que concluísse logo seu discurso.
Emerson Miguel Petriv ficou conhecido como Boca Aberta após criar um blog denominado “Amigo Boca Aberta”, em que publicava textos em defesa da população LGBT. Operador de rádio e TV, ele iniciou a sua trajetória na política em 2012 como suplente de vereador. Em 2016, elegeu-se titular. No ano seguinte teve o mandato cassado pelos colegas por ter feito uma vaquinha virtual para pagar uma multa eleitoral.
Segundo os vereadores, ele usou de “inverdades” para arrecadar o dinheiro. A decisão acabou revertida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ano passado, o que lhe permitiu escapar da Lei da Ficha Limpa e disputar a eleição para a Câmara. Ele conquistou 90 mil votos e, com sua popularidade, ainda ajudou a eleger o filho deputado estadual.
Ô Lambari, Ops! Sardinha, a vaga da mãe do Glauber tem mais de 200, ou seja, 10 vezes mais que o Boca Aberta…..
Acho melhor você olhar primeiro o ra bo dos esquerdopatas…..
Mas o choro é livre…..
KKKKKKKKKKKK
Só podia ser do Paraná mesmo.