Após chamar o massacre no presídio de Manaus de “acidente”, o presidente Michel Temer voltou a comentar a crise no sistema penitenciário brasileiro. Mais enfático, dessa vez Temer se feriu ao caso como uma “pavorosa matança”.
Segundo o presidente, a União passou a se interessar muito mais pela segurança pública porque as organizações criminosas – PCC, Família do Norte – “constituem-se quase uma regra de direito fora do Estado”. De acordo com Temer, essas organizações têm “preceitos próprios” até quando fazem “aquela pavorosa matança” – referindo-se aos massacres nos presídios.
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As declarações do presidente foram dadas durante a abertura da reunião do Núcleo de Infraestrutura, no Palácio do Planalto. No encontro, o presidente destacou ainda que segurança pública é questão de segurança nacional.
A crise no sistema penitenciário brasileiro assola, principalmente, a região Norte, onde quase 100 detentos foram cruelmente mortos por facções criminosas rivais em presídios de Manaus e Roraima.
Depois das tragédias, o governo anunciou Plano de Segurança Nacional, que prevê a construção de cinco novos presídios federais, com 200 ou 250 vagas cada, para abrigar presos perigosos. O governo estima gastar R$ 45 milhões com cada unidade.
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