A Polícia Federal poderá ser conduzida pela primeira vez por uma mulher. A delegada federal Érika Mialik Marena, que faz parte da força-tarefa da Operação Lava Jato. Érika recebeu o maior número de votos de seus colegas entre os candidatos de uma lista tríplice para a escolha do próximo diretor da PF. Esta é a primeira vez que a categoria encaminha à Presidência da República uma relação de nomes a partir de votação dos próprios delegados, a exemplo do que faz a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Desde o início do governo Lula, o nome mais votado da lista é o escolhido para comandar a Procuradoria-Geral da República.
O diretor-geral da instituição é escolhido pelo próprio presidente da República. Mas este ano a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) resolveu indicar nomes para substituir o atual titular, Leandro Daiello, que está no cargo desde 2011, nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff.
Daiello deve deixar o cargo após os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Além da lista tríplice e de mandato de três anos para o próximo diretor-geral, a ADPF também trabalha pela aprovação da proposta de emenda à Constituição que estabelece a autonomia administrativa da PF. A PEC, assim como a lista tríplice, divide a Polícia Federal. Representantes das demais categorias que integram a instituição são contra as mudanças por se sentirem excluídas do processo de discussão e participação.
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