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Parlamentares questionaram o delegado se houve prejuízo pela demora do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em enviar o inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para muitos, ficou a impressão de que Gurgel deveria, em 2009, ter solicitado a abertura de inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) e outros parlamentares. De acordo com informações obtidas pelo Congresso em Foco, Souza evitou fazer juízo de valor sobre a atuação do procurador-geral da República.
“A Operação, que para a PGR não revelou indícios de crimes por parte de parlamentares, tem 61 mil gravações telefônicas. E a Montecarlo muito mais”, relatou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), sobre informações prestadas pelo delegado. ara o deputado Ivan Valente (Psol-SP), falta uma explicação sobre o motivo de Gurgel não ter feito nada a respeito do inquérito da Operação Vegas. Apesar de não ter sido concluída, a operação Vegas deu origem à Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Cachoeira em fevereiro deste ano.
“Perdemos tempo. O delegado é muito correto e decente, mas apenas repetiu o que já está nos autos da investigação”, disse o deputado Silvio Costa (PTB-PE). “O que tinha na Vegas que depois ela travou? Por interesse de quem?”, completou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), sobre as dúvidas que persistem. Para os integrantes da CPI, o depoimento serviu apenas para reforçar a convicção sobre o envolvimento de parlamentares, como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), na opinião do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP).
PublicidadeA oitiva do delegado Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas, foi a primeira da CPMI. Na quinta-feira (10), devem ocorrer os depoimentos do delegado Matheus Mella Rodrigues e dos procuradores da República Daniel de Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da operação Monte Carlo. Ambos serão realizadas à portas fechadas.
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