O dinheiro dado ao PRB integrava um pacote de R$ 30 milhões pagos pela Odebrecht para comprar o apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa governista. O acordo é descrito, com diferentes pedaços da história, nas delações de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira, e dos executivos Alexandrino Alencar e Fernando Cunha.
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Marcos Pereira é o sexto ministro de Temer citado na Lava Jato. De acordo com as delações, Pereira esteve mais de uma vez na sede da Odebrecht em São Paulo para combinar como e a quem o dinheiro, entregue em parcelas, deveria ser repassado.
O ministro nega as versões contadas pelos delatores. “Eu desconheço essa operação. Comigo não foi tratado nada disso”, disse. “Delação não é prova.” Em nota, o PRB negou que o presidente licenciado tenha recebido quantia em dinheiro proveniente de caixa 2.
Atulamente, Pereira está licenciado da presidência do PRB, mas continua sendo homem horte no partido fundado por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus após o escândalo do mensalão. Ao Estado de S.Paulo, o ministro contou que ajudava a arrecadar recursos para campanhas do seu partido, que tem 23 deputados, um senador e comanda a prefeitura do Rio, com Marcelo Crivella.
Com grande parte dos líderes da Esplanada dos Ministérios envolvidos em delações na Lava Jato, Temer anunciou recentemente que não vai afastar os ministros que forem apenas citados na operação. Por outro lado, quem for denunciado, será afastado provisoriamente. No caso de tornar-se réu, o ministro está definitivamente fora do governo.
PublicidadeLeia a íntegra da nota do PRB:
“O Partido Republicano Brasileiro (PRB) nega que o presidente nacional licenciado do partido, Marcos Pereira, ou outra pessoa em seu nome tenha recebido da Odebrecht quantia em dinheiro proveniente de caixa 2 para a campanha de 2014.
A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo não corresponde à verdade dos fatos, o que se mostra esperado, pois adotou palavras unilaterais de delação premiada, a qual nem mesmo teve o sigilo levantado pelas autoridades competentes.
Surgem, assim, frases genéricas que não têm forma ou conteúdo de prova, como, por exemplo, “negociou um repasse”, “os recursos entregues em dinheiro vivo compraram o apoio” e “na época Pereira tratou pessoalmente do assunto”. Tudo para chegar à inverídica afirmação de que o PRB teria vendido seu apoio à candidatura da presidente Dilma.
Vale lembrar que, à época, o PRB tinha apenas 8 deputados federais e o menor tempo de televisão entre os partidos que apoiaram a candidata do PT.
A convenção que definiu o apoio ao PT aconteceu nas últimas horas do último dia possível, porque Marcos Pereira tentou até o fim levar o PRB para outro projeto, o que acabou não acontecendo por questões conjunturais.
Convém registrar ainda que, na convenção do dia 30 de junho de 2014, com a presença do então ministro Paulo Bernardo, Marcos Pereira fez um discurso recheado de críticas ao governo Dilma e condicionou a manutenção do apoio à melhora da economia, entre outras medidas que a Executiva achava cruciais – inclusive se posicionando contra a regulação da mídia.
Marcos Pereira esteve na sede da Odebrecht por duas vezes para tratar de doações de campanha dentro da lei, como é praxe aos dirigentes partidários, quando as regras eleitorais ainda permitiam arrecadar recursos empresariais. No entanto, nenhum valor foi destinado ao partido.
A acusação, em suma, se apresenta irresponsável ao tentar macular Marcos Pereira, cuja atuação no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços conta com o atendimento de quase 800 agendas em nove meses de gestão e com o avanço em temas importantes para o País.
Marcos Pereira encontra-se à disposição de quaisquer autoridades públicas e almeja, rapidamente, poder trazer os esclarecimentos necessários para pôr fim a este absurdo.
Partido Republicano Brasileiro – PRB
Executiva Nacional”
Leia a íntegra da matéria do Estado de S.Paulo
O Partido Republicano Brasileiro (PRB) nega que o presidente nacional licenciado do partido, Marcos Pereira, ou outra pessoa em seu nome tenha recebido da Odebrecht quantia em dinheiro proveniente de caixa 2 para a campanha de 2014.
A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo não corresponde à verdade dos fatos, o que se mostra esperado, pois adotou palavras unilaterais de delação premiada, a qual nem mesmo teve o sigilo levantado pelas autoridades competentes.
Surgem, assim, frases genéricas que não têm forma ou conteúdo de prova, como, por exemplo, “negociou um repasse”, “os recursos entregues em dinheiro vivo compraram o apoio” e “na época Pereira tratou pessoalmente do assunto”. Tudo para chegar à inverídica afirmação de que o PRB teria vendido seu apoio à candidatura da presidente Dilma.
Vale lembrar que, à época, o PRB tinha apenas 8 deputados federais e o menor tempo de televisão entre os partidos que apoiaram a candidata do PT.
A convenção que definiu o apoio ao PT aconteceu nas últimas horas do último dia possível, porque Marcos Pereira tentou até o fim levar o PRB para outro projeto, o que acabou não acontecendo por questões conjunturais.
Convém registrar ainda que, na convenção do dia 30 de junho de 2014, com a presença do então ministro Paulo Bernardo, Marcos Pereira fez um discurso recheado de críticas ao governo Dilma e condicionou a manutenção do apoio à melhora da economia, entre outras medidas que a Executiva achava cruciais – inclusive se posicionando contra a regulação da mídia.
Marcos Pereira esteve na sede da Odebrecht por duas vezes para tratar de doações de campanha dentro da lei, como é praxe aos dirigentes partidários, quando as regras eleitorais ainda permitiam arrecadar recursos empresariais. No entanto, nenhum valor foi destinado ao partido.
A acusação, em suma, se apresenta irresponsável ao tentar macular Marcos Pereira, cuja atuação no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços conta com o atendimento de quase 800 agendas em nove meses de gestão e com o avanço em temas importantes para o País.
Marcos Pereira encontra-se à disposição de quaisquer autoridades públicas e almeja, rapidamente, poder trazer os esclarecimentos necessários para pôr fim a este absurdo.
Partido Republicano Brasileiro – PRB
Executiva Nacional
Não posso acreditar que um MINISTRO tenha agido assim e merecido sua indicação para posto tão relevante. Na verdade, faz sentido, pois o ministério dele cuida de “negócios” também.
E o PRB nega peremptoriamente que qualquer membro de seu partido tenha recebido propina. Igualzinho a todos os demais partidos e políticos.
Se acreditarmos neles poderemos concluir que propina não existe, são todos um poço de ética…
O cargo que ocupa como ministro dá ao ocupante o direito de foro privilegiado,portanto não pode ser investigado a não ser por iniciativa do STF. e isso lpode demorar ainda um tempo.