Os executivos da empreiteira Galvão Engenharia fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e apontaram que Lúcio Gomes, irmão do candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT), recebeu R$ 1,1 milhão em dinheiro vivo. A informação é do jornal O Globo. Além disso, Lúcio Gomes teria captado R$ 5,5 milhões via doações eleitorais para o PSB em troca de liberação de pagamento de obras no governo do Ceará durante a gestão de Cid Gomes, outro irmão de Ciro.
O acordo de delação foi homolago no Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado e era mantido em sigilo. Segundo o jornal, que teve acesso ao documento, o ex-executivo da construtora Jorge Henrique Marques Valença disse que “havia uma sistemática por meio da qual se conectava a liberação de pagamentos devidos pelo estado do Ceará com financiamento de campanha e doações oficias e não oficiais”.
O empresário disse ainda que “orientava a empresa a procurar diretamente Ciro ou Cid para uma ‘conversa institucional’, na qual deveriam indicar a ordem dos recebimentos das pendências que deveriam ser cobradas”. Henrique disse, no entanto, que nunca esteve com Ciro.
Lúcio e Ciro Gomes negaram as acusações.
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