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Por enquanto, a reação às investigações é o resultado mais evidente, e Aragão já demonstra disposição para ampliar o controle disciplinar da PF para impedir vazamentos, e estuda até mesmo interpelar Moro formalmente.
Segundo o jornal fluminense, Eugênio ressaltou que, por ser detentora de foro no Supremo Tribunal Federal (STF), Dilma não poderia ter um diálogo liberado para divulgação por um juiz de primeira instância. Na mesma linha, deputados do PT anunciaram que irão ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra Moro. Aragão ponderou que as possíveis medidas disciplinares a serem aplicadas contra o juiz ainda estão em estudo.
Ao Globo, Aragão reafirmou que em caso de fundada suspeita de vazamento, “trocará toda a equipe de investigação”, como havia dito em entrevista concedida à Folha e publicada na manhã de ontem (sábado, 19). Paralelamente, será retomada a guerra contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que resolveu aproveitar o enfraquecimento do governo para correr com o processo de impeachment, avalia a matéria.
Na última sexta-feira (18), Cunha conseguiu abrir sessão para acelerar o rito. Não aconteciam sessões plenárias às sextas-feiras na Câmara dos Deputados desde fevereiro de 2015. Ainda de acordo com o editorial, eleger Cunha como inimigo, na avaliação de interlocutores de Dilma, já se mostrou eficiente junto à opinião pública.
Os atos pró-Dilma também ganharam atenção do Palácio do Planalto. Mesmo que as manifestações em apoio ao governo e ao PT tenham sido menores que as contabilizadas no domingo (13), em que opositores de Lula e Dilma foram às ruas, os atos realizados a favor da nomeação do ex-presidente à Casa Civil e contra o impeachment foram comemorados. O Globo aponta que a presença de Lula no ato de São Paulo foi fiadora do sucesso de participação do público nos movimentos Brasil afora.
PublicidadePor isso, o governo estaria apostando na habilidade que o ex-presidente tem como negociador político para tentar garantir votos pró-Dilma na Comissão do Impeachment. Outra atribuição dada ao ex-presidente Lula é de evitar um desembarque definitivo do PMDB do governo. Os alvos serão o vice, Michel Temer (SP), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). A negociação deve ser em torno de cargos e espaços no Executivo, pondera a publicação.
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