Na pesquisa anterior, Dilma aparecia com 44% das intenções de votos. E, conforme a sondagem realizada nos dias 2 e 3 deste mês, ela seria reeleita com 38% dos votos, em primeiro turno.
Os prováveis principais adversários da petista nas próximas eleições, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), não cresceram. Aécio teria 16%, mesmo percentual registrado anteriormente. Campos variou de 9% para 10%. Candidatos de partidos menores somam 6%.
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De acordo com a pesquisa divulgada hoje, nos cinco cenários testados, a única candidata que forçaria um segundo turno seria a ex-senadora Marina Silva (PSB), com 27% dos votos, quatro pontos a mais que em fevereiro.
Com um desempenho melhor que o de Dilma, segundo o Datafolha, só o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apresentou leve tendência de queda em relação às pesquisas anteriores, mas ainda lidera todos os cenários com grande vantagem.
Lula e Marina
A pesquisa detectou uma disparada do sentimento de frustração com as realizações da presidenta Dilma. Hoje, 63% dos brasileiros dizem que ela faz pelo país menos do que eles esperavam. Há pouco mais de um ano essa taxa era de 34%.
Um alto e crescente desejo de mudança foi identificado no levantamento: 72% querem que as ações do próximo presidente sejam diferentes das de Dilma.
No entanto, o senador Aécio Neves e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos não são identificados como os mais preparados para a mudança. Para 32%, Lula é o mais apto para mudar. Para 17%, Marina Silva — ela deve ser candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Campos.
O Datafolha fez 2.637 entrevistas em 162 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o código BR 00064/2014.
Pessimismo
Ainda conforme a pesquisa, a avaliação do governo Dilma Rousseff caiu cinco pontos desde o fim de fevereiro e praticamente se igualou ao patamar de junho de 2013, o pior de seu mandato, apurado imediatamente após a explosão de protestos pelo país — 25% dos entrevistados afirmam que a gestão Dilma é ruim ou péssima, o mesmo índice de junho do ano passado.
Para 65%, a inflação deverá aumentar no próximo período. De acordo com o instituto, essa taxa vem subindo desde dezembro de 2012, quando 44% tinham essa opinião.
Em comparação com fevereiro, o pessimismo econômico também cresceu em relação ao poder de compra dos salários, à situação econômica geral do país e em relação ao emprego.
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