Sexto lugar no primeiro turno da corrida presidencial, o deputado Cabo Daciolo (Patriota) protocolou há pouco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de anulação das eleições. Para o parlamentar, a quantidade de problemas que ele diz ter havido nos procedimentos de votação para presidente, por meio de urnas eletrônicas, é suficiente para que a medida seja tomada.
“Há fraudes nas eleições. Tem provas desde 2014. Bem antes, até, mas em 2014 nós temos provas concretas”, declarou Daciolo, que citou o ex-deputado paulista Protógenes Queiroz, delegado da Polícia Federal que, segundo Daciolo, foi expulso da corporação depois que apresentou provas de fraude.
“E agora, no momento, ficou muito claro para toda a população que em todo o território nacional as pessoas iam votar e, quando chegava o momento de votar para presidente, [a votação] não concluía. A pessoa colocava o voto e não dava o ‘fim'”, acrescentou Daciolo, membro licenciado do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e pastor evangélico.
Além da anulação, Daciolo pede que o TSE promova nova votação por meio de cédulas. Ele chegou ao TSE acompanhado de sua candidata a vice-presidente, Suelene Bauduino (Patriota), e foi recebido por um grupo que entoava expressões como a que o candidato transformou em bordão durante debates, “glória a Deus”.
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O deputado aproveitou para dizer que sua iniciativa tem amparo legal. “Há a lei das eleições, que é a 9.504 [de 1997], que coloca uma coisa muito clara: quando tem fragilidade nas urnas eletrônicas, quando é comprovado que existe fraude, a insegurança jurídica, é necessário que o TSE, em caso excepcional, faça a votação em cédulas. Temos várias provas, precisamos anular essa votação”, emendou o parlamentar.
“Pilares da República estão sendo quebrados.”
Às vésperas das votações do último domingo (7), Daciolo já havia ido ao TSE para questionar, formalmente, os procedimentos de votação eletrônica. Mas o tribunal rejeitou a iniciativa do deputado sob o argumento de que apenas uma situação de grave insegurança jurídica poderia fundamentar uma providência da Justiça Eleitoral.
Diante de perguntas diversas feitas pela imprensa, o deputado enunciou discurso em terceira pessoa para dizer que não apoiaria nem Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, mas “Jesus Cristo”. “No vocabulário de Cabo Daciolo não o ‘menos pior’. A aliança de Cabo Daciolo e de Suelene Balduino é com Jesus Cristo. Não pregando religião, mas pregando o amor ao próximo”, acrescentou.
“Queremos que pilares da República sejam respeitados. Chega de urna fraudulenta na nação brasileira. Só faço aliança com Jesus Cristo. Comigo não tem menos pior – não fecho nem com um lado, que é a maçonaria, nem com o outro lado, que é o comunismo”, arrematou Daciolo, referindo-se, segundo sua visão sobre os presidenciáveis, respectivamente a Bolsonaro e Haddad.
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