As informações são do Correio Braziliense. Segundo a reportagem, os pagamentos foram efetuados entre 30 de maio e 23 de junho de 2011, três meses depois de a Petrobras ter fechado negócio em um campo de petróleo em Benin, na costa oeste da África. A partir de informações reunidas por colegas do Ministério Público da Suíça, investigadores brasileiros suspeitam de que o peemedebista recebeu parte de propina para viabilizar o contrato de US$ 34 milhões.
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“Duas contas de Eduardo Cunha foram encerradas logo após a deflagração da Operação Lava-Jato, em 2014. Nas outras duas havia um saldo em 17 de abril deste ano exatos 2.468.864 de francos suíços (R$ 9,6 milhões). Tudo foi bloqueado pela Suíça naquela data. Mas o dinheiro total que ingressou nessas contas – parte mais importante da investigação – ainda não é totalmente conhecido”, diz trecho da reportagem, assinada pelo repórter Eduardo Militão.
Embora cada vez menos convincente, Cunha tem repetido o discurso feito à CPI da Petrobras. Publicamente, tem sido evasivo ao ser abordado para comentar o assunto, e recorrentemente repassa tarefa ao advogado. Ele tem insistido em uma nota, como presidente da Câmara, por meio da qual diz desconhecer o teor das denúncias. “Diante desses fatos causa muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara, em contrapartida ao silêncio sobre fatos graves que não foram objeto de divulgação alguma. Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação”, alega.
Confira o fluxo do dinheiro movimentado em uma das contas de Eduardo Cunha, segundo o Correio Braziliense:
Petrobras → US$ 34,5 milhões → CBH (Benin) → US$ 31 milhões → Lusitânia Petroleum → US$ 10 milhões → lobista Augusto Henriques → 1,3 milhão de francos suíços → conta Orion SP (empresa offshore com conta em nome de Eduardo Cunha) no banco Julius Baer.
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