Documentos do Ministério Público da Suíça enviados à Procuradoria-Geral da República revelam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fechou duas das quatro contas que mantinha no banco europeu Julius Baer um mês depois da Operação Lava Jato ser deflagrada, em abril do ano passado. As outras duas contas foram mantidas e, em abril deste ano, foram bloqueadas para investigação sobre eventual origem ilícita dos recursos. As informações são do jornal O Globo.
Segundo investigação do Ministério Público daquele país, as contas forma abertas em nome de offshores – empresas abertas em paraísos fiscais para lavagem de dinheiro – que tinham como beneficiário final Eduardo Cunha, a esposa e uma das filhas do deputado. As contas ainda ativas foram abertas em 2008 e possuem saldo de aproximadamente US$ 2,5 milhões, que está bloqueado.
O relatório também informa que o comprovante de residência de um dos beneficiários é na avenida Heitor Doie Maia, Rio de Janeiro. O endereço coincide com a residência de Cunha e da mulher. Também consta que o beneficiário da conta é brasileiro, nascido no dia 29 de setembro de 1958, igual ao deputado peemedebista.
Tanto as autoridades brasileiras como as suíças não possuem mais dúvidas de que as contas pertencem a Cunha. O relatório também possui extratos das operações financeiras realizadas com as duas contas. Em um deles, constatou-se que, entre maio e junho de 2011, foram efetuados quatro depósitos em uma das contas: três deles, de 250 mil francos e outro, de 311,7 mil francos.
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