O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, após acompanhar mais um interrogatório de Lúcio Funaro, descartou a possibilidade fazer um acordo de delação premiada com a procuradoria-geral da República nesta terça-feira (31). A exemplo de Funaro, operador do PMDB em esquemas de corrupção, Cunha está preso e condenado por imposição da Operação Lava Jato – mas, ao contrário do delator, não prosperou em negociações sobre eventual colaboração judicial.
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Questionado pelo repórter do jornal Folha de S. Paulo sobre uma possível delação, Cunha respondeu com um conciso “esquece”. O ex-deputado, preso há um ano, desde 26 de outubro, também que as acusações de Funaro contra ele são mentiras e que e está disposto a passar por um teste com detector de mentiras. Durante seu depoimento, Funaro disse que passaria pelo polígrafo para que o ex-deputado parasse de o chamar de mentiroso. Na saída da audiência, Cunha disse que passa pelo teste que Funaro quiser e voltou a chamá-lo de mentiroso.
“É um mentiroso contumaz. Ele tem de sustentar a mentira dele”, afirmou Cunha, que deve depor à Justiça Federal em Brasília ainda nesta semana.
Funaro, que é apontado como o principal operador das propinas do núcleo do PMDB na Câmara respondeu a quase 200 perguntas elaboradas pela defesa do ex-deputado. Cunha está no presídio da Papuda, em Brasília, desde o fim de setembro, quando foi transferido temporariamente para acompanhar os depoimentos de Funaro e Fábio Cleto. O peemedebista deve prestar depoimento no dia 6 de novembro.
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