Pesquisa realizada pelo DataSenado indica que 69% dos brasileiros residentes em capitais são contra a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS).
A proposta do novo tributo tramita atualmente na Câmara onde aguarda a votação de um destaque (proposta de alteração do texto original) para ser encaminhada para apreciação no Senado. O destaque é considerado com um “segundo-turno” da votação da proposta, uma vez que ele tira a base de cálculo do tributo, ou seja, na prática enterra o novo imposto. A votação desse destaque deve ocorrer apenas depois do recesso parlamentar. Confira como os deputados votaram no texto-base que estabelece a criação da CSS.
De acordo com a pesquisa, realizada por telefône, 80% dos intrevistados consideram a CSS uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF ), extinta pelos senadores no final do ano passado.
A rejeição pode ser explicada pelo fato de que a CSS, caso seja aprovada pelo Congresso, funcionará nos moldes da extinta CPMF, com uma alíquota de 0,1% e destinada exclusivamente para a saúde. Aposentados, pensionistas e trabalhadores que ganham até R$ 3.038 por mês estarão isentos da cobrança. O governo espera arrecadar cerca de R$ 11 bilhões com a CSS no próximo ano.
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O levantamento também aponta que apenas 21% dos entrevistados que ganham mais de cinco salários mínimos são a favor do novo tributo. Esse índice sobe para 39%, entre aqueles que têm rendimentos de até dois salários mínimos.
Dados regionais
Segundo o DataSenado, a maior aceitação pela criação da CSS se concentra nas Regiões Norte e Nordeste, onde foi registrado o apoio de 33% dos entrevistados. Já no Sul, esse valor chega a 28%, sendo que no Sudeste e Centro-Oeste, os índices são, respectivamente, de 27% e 24% pela aprovação.
O DataSenado ouviu, entre 6 e 16 de Juno, 1.120 pessoas com mais de 16 anos residentes em capitais. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Antes de se posicionarem sobre o assunto, os entrevistados foram informados que a de CSS prevê a cobrança de 0,1% sobre operações financeiras. (Erich Decat)
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