Convidado especial para a reunião semanal da bancada do PSDB, Eunício Oliveira prometeu aos senadores da legenda a ocupação dos cargos de direção do Senado, seguindo a proporcionalidade do tamanho de cada bancada. “Ele tem um bom diálogo conosco e nos interessa compor a Mesa Diretora”, disse um senador tucano ao Congresso em Foco.
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No almoço, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), discursou em nome do partido e garantiu o apoio da sigla a Eunício. Para aderir à candidatura do líder do PMDB, os tucanos querem, além de compor a Mesa Diretora, a definição com antecedência a pauta de projetos a serem votados na semana ou no mês em questão, além de evitar votações à noite, entre outras regras de funcionamento do Senado.
Além do PSDB, Eunício já recebeu a promessa de pelo menos outros quatro partidos, entre eles PT, PSB e PDT, que fazem oposição ao governo que o líder do PMDB apoia. Senadores petistas aceitam a candidatura de Eunício, desde que a composição da Mesa Diretora obedeça à proporcionalidade das bancadas na Casa. Foi esse critério que levou o petista Jorge Viana (AC) a ocupar a vice-Presidência do Senado, por ser integrante da segunda maior bancada.
À prova de crise
Nem mesmo o vendaval político causado pelo depoimento do ex-diretor da empreiteira Odebrecht Cláudio Mello Filho, que apontou dezenas de políticos que receberam propina da companhia, entre eles o presidente Michel Temer e o próprio Eunício, interrompeu a campanha interna do líder do PMDB e o fechamento de alianças com outros partidos. A candidatura de Eunício é apoiada pelo presidente Michel Temer, presidente nacional licenciado do partido.
A campanha de Eunício é antiga. Tesoureiro do partido há mais de dez anos, ele acertou internamente na legenda, ainda em 2015, que seria candidato ao lugar de Renan Calheiros. O líder acertou sua candidatura com o colega Romero Jucá (RR), atual presidente da sigla e líder do governo no Congresso, em troca de ceder espaço a outros segmentos políticos na direção da legenda.
A campanha de Eunício seguirá durante o recesso parlamentar. Para que a candidatura à Presidência do Senado dê certo, o líder do PMDB precisa, antes, impedir o surgimento de um concorrente do partido ao mesmo cargo que disputa.
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