Os dados são de levantamento exclusivo do Congresso em Foco. Mas o número pode ser ainda maior, já que alguns ministros do Supremo mantêm em sigilo a existência de alguns inquéritos, impedindo que o cidadão tenha conhecimento das suspeitas que recaem sobre seus representantes no Parlamento. A lista dos delitos atribuídos aos parlamentares é extensa: crimes de responsabilidade, contra a Lei de Licitações, corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, crimes eleitorais, ambientais, entre outros.
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O total de investigados supera, por exemplo, a soma das duas maiores bancadas partidárias. Reunidos, PMDB e PT ocupam 126 cadeiras. O ranking das siglas com mais encrencados na Justiça (veja abaixo) é liderado pelo PP. Dos 41 deputados do Partido Progressista, 27 (66%) têm pendências criminais. Entre eles, 18 estão na mira da Operação Lava Jato, como o 1º vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), e o líder Eduardo da Fonte (PE).
Dono da maior bancada da Casa, o PMDB tem o segundo maior número de deputados sob suspeita: 19 de seus 67 representantes respondem a inquérito ou ação penal no Supremo. Entre eles, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que pode se tornar réu caso os ministros aceitem a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro feita pela Procuradoria-Geral da República a partir das investigações da Lava Jato. Na sequência, três partidos aparecem empatados com 13 investigados: o PR (que tem 34 representantes na Câmara), o PSDB (com 53 cadeiras) e o PT (que tem 59 deputados).
Os deputados Roberto Góes (PDT-AP) e Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) são os campeões em pendências criminais, a exemplo do levantamento anterior. Os ex-prefeitos de Macapá e Campina Grande respondem a 12 inquéritos ou ações penais, de acordo com o levantamento concluído pelo site no último dia 19.
PublicidadeComo mostrou a Revista Congresso em Foco, desde 1988, ano em que a atual Constituição entrou em vigor, mais de 500 parlamentares foram investigados no Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira condenação ocorreu apenas em 2010. De lá para cá, apenas 16 congressistas que estavam no exercício do mandato foram condenados por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública.
Partido | Bancada | Investigados | % de investigados |
PP | 41 | 27 | 66 |
PMDB | 67 | 19 | 28 |
PR | 34 | 13 | 38 |
PSDB | 53 | 13 | 24,5 |
PT | 59 | 13 | 22 |
PDT | 17 | 8 | 47 |
PTB | 22 | 8 | 36 |
PSD | 32 | 7 | 22 |
SD | 15 | 7 | 47 |
PRB | 20 | 6 | 30 |
PSB | 34 | 6 | 18 |
DEM | 21 | 4 | 19 |
PSC | 13 | 4 | 31 |
PTN | 4 | 3 | 75 |
PHS | 4 | 2 | 50 |
PMB | 21 | 2 | 9,5 |
PCdoB | 12 | 1 | 8,3% |
PPS | 10 | 1 | 10 |
Pros | 9 | 1 | 11 |
PTC | 1 | 1 | 100 |
PTdoB | 3 | 1 | 33 |
Sem partido | 1 | 1 | 100 |
Fonte: Congresso em Foco com base em pesquisa no STF concluída em 19 de novembro.
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